Avançar para o conteúdo principal

Alimentação vs Estudantes

Por Rita Cardoso; Ilustração: Beatriz Avelar.

Cada vez mais os jovens têm maus hábitos alimentares. Frequentemente, comem nos bares das escolas e, a grande maioria, tinha sempre bolos com recheio, folhados, croquetes, pão com chouriço e chocolates.

No início deste ano letivo foi implementada uma nova lei que proíbe a venda destes alimentos nos bares e refeitórios das escolas. Estas tiveram de repensar alternativas saudáveis para venderem. No entanto, será que foi uma das melhores soluções?

Os alunos, neste momento, têm disponíveis no bar da escola baguetes de atum e frango, pão branco, de sementes e até de abóbora e noz; como acompanhamento fiambre, manteiga, queijo, queijo fresco e até tomate, tendo também à disposição fruta, bolachas maria e integrais e, para beber, água, leite e sumos de fruta.

Ter estes alimentos saudáveis nos bares das escolas permite um fácil acesso aos jovens. Porém, esta solução não foi das mais eficazes, uma vez que os alunos cada vez menos consomem comida do bar, uma vez que já não é do seu agrado. Limitam-se a trazer de casa, ou vão aos cafés antes de irem para as aulas, para poderem consumir comidas que gostam, normalmente comidas processadas, que antes era possível serem encontradas no bar da escola.

Comer bem traz vários benefícios. No entanto, nem sempre pensamos assim. Por vezes, é aplicada a expressão “Eu só vivo uma vez e ainda sou muito novo, posso comer o que quiser.” Mas nem sempre corre bem, uma vez que uma alimentação pouco equilibrada, a longo prazo traz prejuízos, como o aparecimento de diabetes, obesidade, hipertensão, colesterol alto… Esquecemo-nos que também são problemas de saúde que afetam atualmente muitas crianças e jovens, e não apenas adultos e idosos.

Deve-se apostar mais na sensibilização e não desistir de tentar mostrar aos jovens o lado positivo da boa alimentação. Não nos podemos esquecer que o hábito da boa alimentação deve começar em casa e continuar na escola.

E se trouxermos nutricionistas às salas de aula? E se, em vez de nutricionistas, forem colegas de turma/escola/agrupamento? E se explicarmos mais ao pormenor o quão bom é comer comida saudável? E se mostrarmos que não é por ser saudável que sabe mal? Será que assim conseguimos mostrar o que é bom para o corpo e para a saúde a longo prazo?