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Salazar - O Político Controverso

 Por Inês Simões

António de Oliveira Salazar tornou-se líder em 1932, quando foi escolhido para ser o responsável pelas finanças do país. Rapidamente aplicou medidas para tentar resolver os graves problemas económicos. No entanto, a sua forma de liderar, que era bastante autoritária, e a criação do Estado Novo, um tipo de regime com muito controlo do governo, geraram muita discussão.

Durante o seu longo tempo no poder, que durou até 1968, Salazar consolidou o seu controlo total de toda a vida do país, limitando a liberdade das pessoas, controlando o que era dito na imprensa e governando de uma forma muito rígida, ditatorial. Durante esse longo governo, a nível internacional, Portugal manteve-se neutro na Segunda Guerra Mundial, mas teve problemas nas suas colónias africanas.

A Guerra Colonial, com lutas pela independência em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, foi um dos momentos mais difíceis do governo de Salazar. As tensões entre o governo autoritário e os movimentos que queriam independência e autodeterminação em África aumentaram, causando problemas políticos e sociais.

Salazar ficou doente em 1968 e teve que deixar o poder. Marcelo Caetano tornou-se o novo líder, mas o regime de ditadura só terminou em 1974, com a Revolução dos Cravos.

A biografia de Salazar é complicada e gera muita discussão. Alguns reconhecem que ele tentou melhorar a economia e manter a estabilidade, embora com pesados custos relativamente aos direitos dos mais pobres, às liberdades e garantias, enquanto outros criticam o seu autoritarismo e a forma como lidou com as colónias. A história de Salazar continua a ser debatida quanto ao seu impacto no Portugal de ontem e de hoje.

Imagem criada a partir da foto de Eduardo Gageiro.